Fernando Henrique Cardoso





Fernando Henrique Cardoso (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931), conhecido popularmente como FHC, é um sociólogo, cientista político e político brasileiro. Professor Emérito da Universidade de São Paulo, lecionou também no exterior, notadamente na Universidade de Paris. Foi funcionário da CEPAL, membro do CEBRAP, Senador da República (1983 a 1992), Ministro das Relações Exteriores (1992), Ministro da Fazenda (1993 e 1994) e presidente do Brasil por duas vezes (1995 a 2002).
Como sociólogo, FHC escreveu obras importantes para a teoria do desenvolvimento econômico e das relações internacionais.
Escreveu uma autobiografia avaliando seu governo chamada "A arte da política" e um outro livro "Carta a um jovem político".
Em 7 de setembro de 2006, FHC lançou uma "Carta aos Brasileiros" onde analisa o momento político e as eleições de 2006.

Graduado em Sociologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, desenvolveu considerável carreira acadêmica, tendo produzido diversos estudos sociais em nível regional, nacional e global, e recebido diversos prêmios e menções honrosas pelos trabalhos. Foi eleito o 11º pensador global mais importante, pela revista Foreign Policy em 2009, pelo pensamento e contribuição para o debate sobre a política antidrogas. É co-fundador, filiado e presidente de honra do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Livros de FHC sobre política e governo
·        Relembrando o que escrevi: da reconquista da democracia aos dias atuais, Editora Civilização Brasileira, 2010.
·        A arte da política — A história que vivi, Editora Civilização Brasileira, 2006.
·        Cartas a um jovem político — Para construir um Brasil melhor, Editora Alegro, 2006.
·        O mundo em português, Editora Paz e Terra,1998.
·        O presidente segundo o sociólogo, Editora Companhia das Letras, 1998.
·        Mãos à Obra, Brasil, 1994.
·        Perspectivas, Editora Paz e Terra, 1983.
·        Dependência e Desenvolvimento na América Latina, Editora México, 1969.







       Em mais de 116 anos de República, nunca um ex-Presidente mergulhou na análise de seu governo como Fernando Henrique Cardoso faz nesta obra. Mas FHC também repassa um período extraordinário da vida do país, que vai do auge do regime militar até o momento em que, encerrando seus dois mandatos, transmite o poder ao principal adversário político. Enquanto o homem público revela bastidores inéditos e preciosos de seu governo, sem deixar de lado as acusações que sofreu, e relata encontros e tratativas com os poderosos do mundo, o sociólogo analisa, do lado de dentro, o funcionamento das instituições e os limites do poder presidencial.



  • O livro e o resultado de vinte horas de entrevista com o Presidente da Republica, Fernando Henrique Cardoso, distribuidas em nove sessoes, realizadas em outubro de 1997. Inclui uma ampla gama de temas, abordados pela lente de um sociologo e politico.






















  • Ativismo pró-descriminalização das drogas
          Para FHC, a guerra contra as drogas ("War on Drugs", termo utilizado pela primeira vez por Richard Nixon em 17 de junho de 1971), que em 2011 já dura quatro décadas, é uma guerra fracassada e devem ser buscadas novas alternativas.FHC apoia a descriminalização da posse de pequenas quantidades de drogas para uso pessoal e é integrante da Comissão Latino-Americana de Drogas e Democracia, que defende uma nova abordagem contra o tráfico. Segundo FHC a atual política de combate às drogas pela repressão não está funcionando e é necessário outras medidas como a mudança da legislação para pequenos traficantes, com pena diferenciada. De acordo com ele é necessário criar campanhas de conscientização que indiquem que estas drogas fazem mal, assim como é feito com o cigarro e que apenas a descriminalização de forma isolada não resolveria o problema, sendo necessário um trabalho preventivo.
          Essa sua posição foi afirmada pós a ocorrência dos atos de violência organizada no Rio de Janeiro em 2010, quando declarou que "o que está acontecendo no Rio de Janeiro é uma reação ao fato de que o governo está fazendo alguma coisa"e que o "Rio está reagindo da maneira que tem que reagir". Porém, segundo ele, as ações do governo estariam focadas apenas na repressão ao crime e elas teriam de ir além. De acordo com FHC, teriam de ser discutidas questões como a descriminalização de drogas como a maconha, ampliação das campanhas e ações que visam à diminuição do consumo e ampliação da assistência médica aos usuários. FHC declarou:
    "A droga tem de ser discutida de uma maneira mais ampla. Enquanto não se entender que boa parte da questão da droga tem a ver com a proibição, por exemplo, da maconha, e tem a ver com a falta de tratamento; enquanto não se induzirem as pessoas a entender que a droga é também uma questão de saúde, e não apenas de repressão; enquanto não se diminuir o consumo, você vai ter gente se arriscando e fazendo tráfico. "

          Em maio de 2011 FHC participou do lançamento do filme "Quebrando o Tabu", um manifesto pacifista a favor da descriminalização das drogas em que aparece como âncora, tendo ao seu lado ex-presidentes como Bill Clinton e Jimmy Carter, dos Estados Unidos.
          Em junho de 2011, FHC foi convidado a participar da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal do Brasil para debater sobre a descriminalização da maconha.